terça-feira, 29 de novembro de 2011

Vida no computador “desumaniza” jovens

Esta cena aconteceu em algum lugar da Inglaterra: uma menina, adolescente, está na cozinha usando uma torradeira pela primeira vez. Ela pega as fatias de pão, olha indecisa para a torradeira por alguns momentos, e pergunta ao pai: “É para colocar a fatia em retrato ou paisagem”? Esta história, descrita por uma jornalista britânica, mostra certo grau de influência da rotina computadorizada na vida das pessoas.


Esta jornalista, Susan Greenfield, sustenta a tese da “adaptabilidade” dos computadores. Segundo ela, quando passamos muito tempo em frente ao monitor, nossas ações vão se adaptando gradualmente ao modo de vida computadorizado. Até chegar ao ponto, por exemplo, de imaginar que a torradeira funciona como uma impressora.
Susan defende que nosso cérebro é altamente suscetível. Ela explica que a tecnologia, depois de tanta evolução, ganhou um status de capacidade e indispensabilidade, que inverte uma ordem básica. O usuário da tecnologia não se sente mais dominador dos meios que usa. Ao invés disso, se deixa conduzir pelos computadores, depositam sua confiança nele quanto à resolução de problemas. E isso tira parte de nossa autonomia em outros fatores da vida.
Os efeitos mais nocivos dessa transformação, de acordo com Susan, são verificados em crianças. Ela cita um estudo da Universidade Xidian, na China, que aponta a chance de haver danos cerebrais notáveis em jovens que se tornam viciados em internet. Um único estudo, como explica a jornalista, não é suficiente para provar nada, mas ela pede que cientistas ampliem sua atenção para esse problema.
Mudanças de hábito, no entanto, são necessidades que Susan enxerga como urgentes. Não se pode, segundo ela, esperar 10 ou 20 anos para saber se as crianças viciadas em computador hoje terão realmente algum prejuízo psiquiátrico. Há estudos, nos EUA, para mostrar que a vida em frente ao monitor distorce a empatia e as habilidades sociais do adolescente.
Para ilustrar isso, Susan cita um caso horripilante. Recentemente, na Inglaterra, um jovem de 16 anos matou sua namorada, uma menina de 15, batendo nela com um pedaço de pedra. Tudo porque fez uma aposta com um amigo que prometeu pagar um café da manhã se ele matasse a garota. Depois de matar, o rapaz entrou no Facebook e escreveu que estava “relaxando” com os amigos.
A mãe da menina, depois da tragédia, contou que o namorado da filha já estava dando sinais de que pretendia matar a garota através do MSN Messenger, onde ele e os amigos combinaram a aposta da refeição por um assassinato. Segundo ela, o adolescente tratou tudo como se fosse um jogo eletrônico de computador. Ele agora foi condenado à prisão perpétua, mas teve tempo de usar o Facebook mais uma vez para dizer que será solto assim como Amanda Knox (americana que protagonizou um assassinato em 2007 e hoje está livre).
Diante desse panorama, Susan enxerga necessidade de medidas urgentes na relação entre jovens e computadores. Segundo ela, a ideia de que os jovens transferem sua vida virtual para a vida real (desde uma torradeira até um assassinato) não é uma possibilidade, mas um fato. Combater o problema, de acordo com a jornalista, requer medidas drásticas de controle sobre o uso de computadores.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Adolescência e Família - A difícil arte de adolescer


Adolescência 
A adolescência é uma fase evolutiva na vida do ser humano onde se busca uma nova forma de visão de si e do mundo; uma reedição de todo desenvolvimento infantil visando definir o caráter social, sexual, ideológico e vocacional.
Esse processo evolutivo ocorre dentro de um tempo individual e de forma pessoal em que o adolescente se vê envolvido com as manifestações de seus impulsos intuitivos exteriorizados através de suas condutas nem sempre aceitas como normais pela sociedade.
Podemos dizer que adolescência é sinônimo de crise, pois o adolescente, em busca de identidade adulta, passa para o período “turbulento” (variável segundo o seu ecossistema sócio-familiar).
Segundo a teoria kleiniana, essa fase poderia ser definida como correspondente à positiva elaboração da posição depressiva.
A esta crise, provocada pela ampla e profunda desestruturação em todos os níveis da personalidade, segue-se um processo de reestruturação, passando por ocasiões nas formas de exprimir-se ao longo dos anos.
O eixo central dessa reestruturação é o processo de elaboração dos lutos gerados pelas três perdas fundamentais desse período evolutivo:
1. Perda do corpo infantil:
Nessa fase, o adolescente vive com muita ansiedade as transformações corporais ocorridas a partir da puberdade, as quais exigem dele uma reformulação de seus mundos interno e externo. Muitas vezes, as restrições familiares e sociais para controlar esses impulsos ameaçam tanto o seu desenvolvimento que chega a causar retardo em seu crescimento e no aparecimento natural das funções sexuais próprias dessa fase.


2. Perda dos pais da infância:
Os pais, antes idealizados e supervalorizados, passam a ser alvo de críticas e questionamentos. Dessa forma, o adolescente busca figuras de identificação fora do âmbito familiar.
Nesta fase, se caracteriza a dependência/independência dos filhos em relação aos pais e vice-versa; é o momento em que o adolescente busca substituir muitos aspectos da sua identidade familiar por outra mais individual.
3. Perda da identidade e do papel sócio-familiar infantil:
Da relação de dependência natural do convívio da criança com os pais, segue-se uma confusão de papéis, pois o adolescente, não sendo mais criança e não sendo ainda um adulto, tem dificuldades em se definir nas diversas situações de sua cultura.
No caminho para a sua independência, sentindo-se ora inseguro, ora temeroso, busca o apoio do grupo, que tem importante função, pois facilita o distanciamento dos pais permitindo novas identificações.
Para atingir a fase adulta, o adolescente deverá fazer uma síntese de todas essas identificações desde a infância.
Essas perdas se elaboram realizando-se verdadeiros processos de luto, psicanaliticamente falando.
O adolescente exterioriza os seus conflitos e formas de elaboração de acordo com as suas possibilidades e as do seu meio, com as suas experiências psicofísicas, ocorrendo o que chamamos de “patologia normal da adolescência”. Para se compreender e lidar com adolescentes é fundamental que se conheça essa aparente “patologia”, chamada “Síndrome da Adolescência Normal”, com as seguintes características:
1. busca de si mesmo e da identidade adulta 
2. tendência grupal
3. necessidade de intelectualizar e fantasiar
4. crises religiosas
5. deslocação temporal
6. evolução sexual
7. atitudes sociais reivindicatórias
8. contradições sucessivas em todas as manifestações de conduta
9. separação progressiva dos pais
10. Constantes flutuações do humor e do estado de ânimo


O desconhecimento das mudanças que ocorrem no processo adolescer
1. atingir a adolescência; tornar-se adolescente. 
2. Crescer; desenvolverse.
3. Rejuvenescer, remoçar, juvenecer. 
(Novo Dicionário Básico da Língua
Portuguesa – Folha/Aurélio), implicará em dificuldades na relação do adolescente com a família, professores e profissionais, gerando situações de conflito. Observamos que os adolescentes assim como os seus familiares estão, na maioria das vezes, desinformados sobre as mudanças que ocorrem nesta fase, gerando, na maioria das vezes, conflitos na relação e dificuldades na convivência. Cabe aos profissionais da área da Saúde preencher essas lacunas com informação, orientação e, sobretudo, acolhimento.

“Amadurecer é um ato complicado... Perceber a hora de mudar é ainda mais
difícil, mas não tanto se encontramos uma certa figura capaz de abrir nossos olhos
e mostrar que as possibilidades de vida são ilimitadas...”
(encontrado no diário de uma menina de 12 anos)

Deus lhe conceda Sabedoria!!!
Seu Irmão em Cristo:
Elizeu França.
maprom2009@hotmail.com

"Envie-nos sua pergunta, crítica ou sugestão, Lembre-se este trabalho é feito por você."

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

ALERTA: Falso email da BMW anda circulando pelo Brasil

  ALERTA: Falso email da BMW anda circulando pelo Brasil 
CUIDADO. Leia abaixo e proteja-se dessa nova(?) armadilha.

Caros leitores, hoje recebi um email fraudulento dizendo se tratar de um prêmio que ganhei (sem participar de promoção alguma). Utilizaram a empresa BMW como carro chave para fazer você cair nessa.

Leia com atenção, o português está pessimamente escrito. A mensagem não tem nexo. Ninguém dá um prêmio assim à alguém do nada, simplesmente porque seu email foi um dos "selecionados". Até foi selecionado, mas não pra ganhar alguma coisa e sim para perder alguma coisa.

O EMAIL(do jeitinho que foi recebido):

Date: Mon, 20 Jun 2011 00:22:21 +0100

From: olle.strand@glocalnet.net

To: info1@bmwwinner.com

CC: info1@bmwwinner.com

Subject: Parabéns, você ganhou.



-- A empresa automobilística BMW Departamento de Promoção Internacional CONSCIÊNCIA Escritório de Londres, 24 Wilford Park, Londres, Reino Unido. SW1W 9LT Beneficiário querido Parabéns mais uma vez de todos os funcionários aqui. Para que não restem dúvidas, o seu endereço de e-mail acontecer de ser um dos e-mails escolhidos neste trimestre do nosso software java-baseado novo, que seleciona aleatoriamente endereços de e-mail a partir da web. Os participantes foram selecionados a partir dos endereços de e-mail registrado no servidor de chaves públicas - Index, ele foi elaborado a partir de um pool de mais de 125.000 nomes neste lote, os participantes foram levados da Europa, América, Ásia, Austrália, Nova Zea terra, Médio Oriente , partes da África, e América do Norte e América do Sul como parte de nossas promoções internacionais programadas realizadas para incentivar potenciais entradas no exterior e da utilização da internet. Portanto, a fim de verificar os seus ganhos, precisamos ganhar e seus dados pessoais para fins de registro e verificações.

Por favor, preencha de acordo, de modo a prosseguir com os seus ganhos.
Por favor, anexar uma fotografia tipo passe recentes
Para fácil identificação no ponto de pagamento (Opcional mas aconselhável)
Número de bilhetes: 15975357357344
Número de Série: PTYR-Y67546537
Número de referência: BMW/4R-654-65735
Montante ganho: 750.000,00 GRÃ-BRETANHA Libras Esterlinas CAR WON: BMW X6 Concept Car 2011 MODELO

1. Nome completo -----------------------------------
2. Título -----------------------------------------
3. Sexual ------------------------------------
4. IDADE ------------------------------------------------
5. Ocupação -----------------------------------
6. Numero de Telefone ------------------------
7. País apresentam ----------------------------
8. Sexo -------------------------------------------------
9. Fax [opcional] --------------------------------
10. E-mail. ------------------------------

Após a recepção dos dados devidamente solicitado, você receberá o contato informações do escritório de pagamento para efetuar a liberação do seu crédito da maneira que bem entenderem.

Tenha um bom dia.
Com Atenciosamente, Sr. Alex Jefferson
Tel: +447086465829
Email: alex-jefferson-bmw1@email.ch
BMW Reivindicações Agent


DIVULGUEM A TODOS SEUS CONTATOS!!!







ALERTA: Falso email da BMW anda circulando pelo Brasil

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Falar Gíria É Legal?

É permitido falar gíria? Ou deveria ser proibido ao cristão? Duvido que exista alguém que não fala nem um pouquinho de gíria. Concorda? E então, é pecado ou não é?

O sábio de coração é chamado prudente, e a doçura no falar aumenta o saber.
Provérbios 16:21
O que ama a pureza do coração e é grácil no falar terá por amigo o rei.
Provérbios 22:11
Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça no falar, é perfeito varão, capaz de refrear também todo o corpo.
Tiago 3:2

O que a Bíblia sempre nos aconselha é que sejamos prudentes em nosso falar. O modo como falamos é um testemunho muito forte. Mas cuidar-se no falar significa falar, ou não gírias?

Para entendermos melhor o que é uma gíria, vamos a um breve estudo etimológico do vocábulo:

A origem da palavra “gíria”, para muitos estudiosos ainda é obscura. Mas, segundo Corominas – no estudo étimo da língua espanhola, na expressão “jerga” como “linguagem especial, difícil de compreender” tem-se um ponto de partida. A partir disso, “jeringonza”, derivado do occitânico (língua dos trovadores, antigo provençal), apresenta a forma regressiva “xíriga” que de acordo com o autor chegou ao português como “gíria”.

Uma linguagem informal, caracterizada por um vocabulário rico em idiomatismos metafóricos, jocosos, elípticos, ágeis e mais efêmeros que os da língua tradicional. A gíria sempre tem uma história.

Muitas vezes parte de um dialeto usado por determinado grupo social:

a) Que busca destacar-se através de características particulares e marcas linguísticas. Nesse caso, a gíria pode ser tanto degradante(1) quanto inofensiva(2) . Vemos isso ocorrer com frequência entre os adolescentes. Essa faixa etária é perita em criar linguagens próprias. Mas estes representam apenas um exemplo dentre muitos como tribos radicais, “Funkeiros”, “Patricinhas”, “Bad Boys”, “Skatistas”, etc.

b) Que pretende não ser exatamente compreendido por outras classes sociais. Nesse caso costuma funcionar como mecanismo de coesão tribal ou como código interativo entre tais grupos. Pode ser até que essa codificação se caracterize numa habilidade para enganar ou obter vantagem, numa “esperteza” ou astúcia. Daí se originam as gírias de traficantes e usuários de drogas(3) , presidiários, máfias, etc.

c) Cujos componentes compartilham da satisfação de interagirem por meio de interesses comuns, e então passam a fazer ou criar gracejos linguísticos. Isso pode vir a ser uma linguagem própria daqueles que desempenham uma mesma função, arte(4) ou profissão, ou que pertençam a uma mesma organização(5) , clube, denominação, etc. Essa natureza de gíria nem sempre logra um sucesso que atinge a maioria usuária de um idioma.

d) Lida com interesses comuns, mas tem um vernáculo pobre de vocábulos que suficientemente lhes permita comunicar seus interesses com facilidade. Por vezes a gíria pode ser um linguajar rude, um calão ou mesmo uma deficiência no falar, por carência da norma culta(6) .

Em seu processo de formação, a gíria pode apresentar, em nível lexical, vocábulos novos com estrangeirismos(7) , em truncamentos, sufixação parasitária, acréscimo de sons ou sílabas à palavra, palavras usadas pela metade(8) , cacófatos, uso de certos códigos etc. A gíria também pode surgir de uma palavra inteira comum existente, que possui outro significado, mas que, para o grupo minoritário que a toma como jargão(9) , passa a ter outro sentido, ou apenas uma roupagem mais coloquial(10) . As gírias podem ainda, em sua origem, partir de figuras de linguagem que tenham significados muito degradantes, obscenos ou maldosos, mas, por sua popularização, perdem o significado original e tomam sentido mais aceito pela sociedade(11) .

Se o determinado grupo de identificação comum logra sucesso no uso de seu jargão(12) , tal “palavra” começa a ser usada por outras pessoas que, apesar de não se identificarem com aquele grupo, passam a usar o “termo” e este entra para a conversação informal praticada por um raio maior da sociedade, chegando a fazer parte de seu “dialeto” popular(13) . O que nos leva a compreender que a linguagem específica de grupos marginais pode estender-se a outros grupos sociais, e essa propagação pode expandir-se tanto a ponto de fazer com que o novo significado para o vocábulo, ou a nova palavra popularizada, passe a fazer parte de um vernáculo regionalista(14) ou entre para os principais dicionários de um idioma(15) . Ou ainda, com o tempo, pode extinguir-se(16) .

Percebemos que a questão principal não é a de ser aceitável ou não, o falar gíria. Isso porque é praticamente impossível escapar totalmente do uso dessa linguagem informal, uma vez que ela está tão permeada em nosso linguajar cotidiano, confundindo-se até mesmo com a forma tradicional de conversação.

O que se deve avaliar é o que está sendo transmitido pelas palavras. Ao falar, a comunicação está chegando até os receptores sem más interpretações? Aí entra o caso de Lucas 17. Seremos sempre responsáveis perante Deus se escandalizarmos nossos irmãos por ações ou palavras insensatas.

Não é porque pensamos que o uso de determinado termo é inofensivo, que vamos usá-lo.

Seja sábio no falar, assim como é o teu proceder!

Que Deus lhe conceda sabedoria.